RECICLAGEM E ARTE PROMOVEM INCLUSÃO SOCIAL
Projeto Cor da rua no Glicério emprega população de risco.
O portão da casa entreaberto explica a proposta do projeto idealizado pela OAF (Organização Auxilío Fraterno), uma ONG que recebe jovens em situação de risco social, em sua maioria entre 14 e 20 anos, e ensina-lhes um novo ofício, como transformar materiais descartados em sofisticadíssimos utensílios domésticos.


Enquanto Gisele encaminha alguns móveis que seriam fotografados por uma revista de decoração, eu me esbaldo com tantos detalhes elaborados pelos artistas anônimos do Glicério. É possível ouvir a conversa deles na oficina, que fica na parte do fundo da propriedade, um casarão antigo com grandes janelas e sacadas por onde o sol adentra o recinto. Tudo ali parece ter beleza e a história sobre a aquisição deste imóvel não foge à regra.
Nos anos 80, um grupo de italianos passeava no Brasil (nessa época o projeto já existia, mas em uma casa vizinha). Estava no grupo uma jovem que havia recebido certa herança de seu pai com a seguinte recomendação: “Parte da herança deve ser destinada para obra de caridade”, a jovem comprou o imóvel e dôo. Esta que seria a nova sede do projeto “Cor da rua”. Por este motivo existe, na parede próxima da entrada, um quadro com a foto de Peppino Prisco uma homenagem ao generoso italiano por sua colaboração póstuma.

“Deveria ter um a cada esquina”, diz Amanda Silva que é estudante de arquitetura e urbanismo no Mackenzie, projetos como Cor da Rua devolvem às pessoas o sentido da vida, não somente para quem está sendo ajudado, mas para todos que sentem que poderiam fazer mais em favor da cidade.
Norman Martins
Fotos: Aline Maira Silva Corrêa
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